O levantamento feito pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) considera 22 medicamentos essenciais para o tratamento. Há diferença entre o tamanho da falta entre os estados. Mato Grosso, por exemplo, tem o número mais elevado: são 13 em falta.

Os responsáveis por compra e distribuição dos medicamentos para os estados são o Ministério da Saúde e a Anvisa. A falta de medicamentos ao redor do país está na responsabilidade não só dos governos estaduais, que aplicam reaberturas em meio ao pico do coronavírus, mas também de Bolsonaro e sua política negacionista, que salva os empresários e deixa à própria sorte trabalhadores e população pobre, sem remédios e insumos.

Bolsonaro deixou um interino na pasta da Saúde, e a negligência de quem diz “e dai?” para milhares de mortes, e quem no dia em que se ultrapassa 55 mil mortos diz que existe “excesso de preocupação” fica visível no rombo de condições que hoje se encontra a saúde nos estados.

Se nem em todos os lugares os estoques de sedativos acabaram, em 23 estados, eles não tem o suficiente para mais que 10 dias.

Desde o início da pandemia, não se testa. O Brasil é um dos países que menos testa no mundo, e é o segundo país mais afetado pela COVID-19. Sem testes, sem leitos de UTI, que a cada dia se reduzem com o aumento de casos, e também sem medicamentos necessários, os governos não apresentam nenhum tipo de solução para a crise sanitária, a não ser nos enganar de que as reaberturas farão “voltar a normalidade”.

Não existe normalidade dentro dessa enorme crise sanitária! Por isso ainda segue sendo necessário garantir que haja testes massivos, para combater a enorme subnotificação que quer Bolsonaro, mas que deixam acontecer também os governadores. É preciso garantir os leitos necessários, colocando à disposição do SUS, sob controle dos e das profissionais da saúde, todos os leitos do sistema privado, e também converter grande parte de estabelecimentos como hotéis, hoje vazios em grande parte das cidades do país, para a transformação em leitos, sem que gastemos um centavo salvando os bolsos de empresários.

Bolsonaro e os governos injetam enormes montantes de dinheiro para os bancos e os grandes empresários, enquanto deixam a saúde entrar em colapso ao redor de todo o país. Chega de permitir que sejam nossas vidas que paguem por essa crise.