Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

O Ministério da Saúde excluiu do Twitter, nesta quarta-feira, 18, uma publicação que reconhecia não existir vacina ou medicamento contra a covid-19, além de orientar o uso de máscara e isolamento social. As orientações seguiam cartilhas de autoridades sanitárias e entidades médicas, mas chamaram a atenção nas redes sociais por se contrapor ao discurso do presidente negacionista Jair Bolsonaro (sem partido), que minimiza a gravidade da pandemia.

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A publicação no Twitter do ministério foi feita às 10h44 e apagada perto das 13h. O texto retirado das redes afirmava: "Olá, é importante lembrar que, até o momento, não existe vacina, alimento específico, substância ou remédio que previnam ou possam acabar com a covid-19. A nossa maior ação contra o vírus é o isolamento social e a adesão das medidas de proteção individual".

A publicação era resposta a um perfil do Twitter que havia escrito "Azitromicina" em publicação anterior do ministério, sobre medidas de proteção contra a covid-19. Trata-se de um antibiótico que também não tem eficácia comprovada contra a covid-19, mas a prescrição é estimulada por Bolsonaro.

O ministério manteve na rede outras mensagens com orientações sobre a doença que haviam sido publicadas com poucos minutos de diferença daquela excluída. "Olá. Se estiver com sintomas compatíveis com a covid-19, procure imediatamente os postos de triagem nas UBS, UPAS ou outras unidades de saúde. Após encaminhamento, consulte-se com um médico. Somente ele poderá te orientar e prescrever os medicamentos que você deverá usar", afirma uma das mensagens.

Nota do Ministério

O Ministério da Saúde informou, em nota divulgada na noite desta quarta-feira, 18, que excluiu do Twitter uma postagem que defendia o isolamento social contra a disseminação do novo coronavírus por "trazer informações equivocadas". A publicação reconhecia não existir vacina ou medicamento contra a covid-19, além de orientar o uso de máscara.

Em nota, o Ministério da Saúde esclareceu que a mensagem "foi apagada - e posteriormente corrigida - por trazer informações equivocadas". "Um erro humano que já foi corrigido", sem detalhar quais as informações imprecisas que haviam sido divulgadas.

Com conteúdo da Agência Estado