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Ministro da Saúde, que nem sabia o que era o SUS, diz não ter se recuperado ainda da COVID

Depois do pronunciamento de Bolsonaro que chamou brasileiros de ’maricas’, Pazuello, um verdadeiro privilegiado que teve o melhor atendimento e acompanhamento médico que um militar pode ter, alegou que já pode trabalhar um pouquinho agora, mas que ainda está se recuperando da COVID por essa ser uma doença "complicada".

quarta-feira 11 de novembro de 2020 | Edição do dia

Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

Depois do pronunciamento recente do Presidente Jair Bolsonaro (sem partido): "Lamento os mortos, lamento. Todos nós vamos morrer um dia, aqui todo mundo vai morrer. Não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas"; o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, retornou ao trabalho presencial nesta quarta-feira, 11, após enfrentar a covid-19, mas disse ainda sentir efeitos da doença.

"Não estou completamente recuperado, é claro. É uma doença complicada. É difícil você voltar ao normal, mas a gente já consegue trabalhar um pouquinho. É o primeiro dia de atividade no trabalho", disse Pazuello em cerimônia no ministério.

A última aparição pública de Pazuello ocorreu 20 dias antes, quando participou de uma transmissão nas redes sociais ao lado do presidente Jair Bolsonaro. Já sob cuidados em função da covid-19, o ministro disse que estava "zero bala". O presidente afirmou que Pazuello era "mais um caso concreto" de que o uso da hidroxicloroquina "deu certo", apesar de a droga não ter eficácia comprovada contra o novo coronavírus.

Enquanto a população morre e tem seus direitos atacados, Bolsonaro e Pazuello tiveram acompanhamento médico e os melhores tratamentos que um rico e privilegiado pode ter.

Inclusive, o ministro que "já consegue trabalhar um pouquinho" por alegar que a doença "é complicada", tem o seu privilégio de poder ter tempo para se recuperar, enquanto excluiu COVID-19 da lista de doenças que garante auxilio e estabilidade dos verdadeiros trabalhadores, dos quais pertencem à classe que realmente sofre com os efeitos da pandemia.

No país onde já morreram mais de 163 mil, Bolsonaro segue com seu negacionismo sobre a seriedade da pandemia. Usa dela para se promover, mentir para a população e passar todos os ataques que conseguir contra a vida da classe trabalhadora. Com o regime alinhado para que tudo se torne lucro para os capitalistas, o que vem sobrando para os trabalhadores é o descaso, a perda de direitos e a precarização da vida, com aumento de alimentos básicos na pandemia e tentativas de privatizações de serviços essenciais como o SUS.

Pode interessar: “Nem sabia o que era o SUS”, afirma o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

Possui conteúdo da Agência Estado.




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