Foto: Leonardo de França

Segundo a pesquisa, divulgada na segunda-feira (5) pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, Mais da metade dos domicílios brasileiros – 55,2% ou 116,2 milhões de pessoas – vivem algum grau de insegurança alimentar segundo a pesquisa. A fome se fez mais presente em famílias com menor renda per capita, abaixo de um salário mínimo, de R$ 1.100.

A insegurança alimentar grave foi encontrada em 9% dos domicílios entrevistados, o que corresponde a algo em torno de 19 milhões de pessoas. Em números absolutos: no período abrangido pela pesquisa, 116,8 milhões de brasileiros não tinham acesso pleno e permanente a alimentos. Os maiores índices de fome foram encontrados nas regiões Norte (18,1%) e Nordeste (13,8%). Em 2020, o índice de insegurança alimentar esteve acima dos 60% no Norte e dos 70% no Nordeste – enquanto o percentual nacional é de 55,2%.

A pesquisa foi realizada na reta final do primeiro ano da pandemia da covid-19, e tinha como objetivo entender como o coronavírus e seus impactos econômicos se relacionam com a fome no país.

O período da coleta das informações corresponde à última rodada de pagamentos do auxílio emergencial, em uma fase em que o benefício para trabalhadores informais de baixa renda já tinha sido reduzido de R$ 600 para R$ 300. Agora com a maioria dos assistidos pelo auxílio emergencial recebendo a parcela mínima de R$ 150, a previsão é a situação piore.