Nesta quinta-feira, 10/02, as trabalhadoras terceirizadas das escolas municipais de Campinas começam seu segundo dia de greve com um forte ato em frente à prefeitura da cidade pelo pagamento de seus salários e direitos, atrasados pela empresa Especialy Terceirização.

Segundo denúncias das trabalhadoras, os atrasos são recorrentes - uma realidade enfrentada quase todo mês por essas trabalhadoras aboslutamente essenciais para o funcionamento das escolas e com relação à qual a prefeitura não toma nenhuma providência.

O atraso no pagamento de salários e direitos, por parte da Especialy, está longe de ser um caso isolado. Na realidade, é um padrão para a empresa em vários locais que atua país afora.

O drama vivido ano passado pelas merendeiras do Rio de Janeiro, que sofreram com salários e cestas básicas atrasadas, tem a cara da Especialy, que junto com outras empresas que prestam serviços de terceirização para a prefeitura de Eduardo Paes, não só deu calote em trabalhadores como inclusive demitiu em plena pandemia!

Em Juiz de Fora (MG), chegou ao ponto do Ministério Público se envolver com a situação de atraso de pagamentos e direitos de cerca de 700 trabalhadores terceirizados da prefeitura, também por calote da Especialy.

Já no Paraná, semelhante situação aconteceu em Londrina, com o atraso no pagamento de mais de 150 merendeiras terceirizadas pela Especialy em escolas do município. No final do ano passado, trabalhadores de vários municípios, dentre os quais Assis, Cianorte e Goioerê, também enfrentaram atrasos recorrentes e pagamento de valores inferiores aos acordados em direitos como vale-refeição, dessa vez em contratos da empresa a nível estadual, firmados pelo governador do estado, Ratinho Jr. Segundo denúncias recebidas pelo Esquerda Diário, o mesmo estaria ocorrendo também no município de São Tomé.

No estado de São Paulo, onde fica a sede da Especialy, a empresa tem histórico com a precarização. Já foi denunciada em 2017 por atrasos nos pagamentos de merendeiras empregadas na cidade de Sorocaba. Segundo outra denúncia colhida nas redes sociais pelo Esquerda Diário, a situação seria a mesma na cidade de Boituva, também no estado.

Nós do Esquerda Diário, do Nossa Classe Educação e do grupo de mulheres Pão e Rosas seguimos lado a lado com as trabalhadoras de Campinas na luta contra o calote da Especialy e por melhores condições de trabalho! Colocamos nossas páginas à disposição das trabalhadoras da Especialy e de qualquer outra empresa para denunciar o descaso e a precarização. Seguimos, igualmente, levantando a importante bandeira da imediata efetivação de todas as trabalhadoras terceirizadas, sem necessidade de concurso público ou processo seletivo, garantindo igualdade de direitos entre todos os trabalhadores de uma categoria, contra toda tentativa de dividir nossa classe e rebaixar nossas condições de trabalho e de vida em favor do lucro da empresas como a Especialy! Todo apoio à greve de trabalhadoras terceirizadas das escolas municipais de Campinas!