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ATRASO DE SALÁRIO DAS MERENDEIRAS | Merendeiras ficam com salários e cestas atrasadas graças a PRM, Especialy, Hb, Soluções e Paes

As empresas terceirizadas da Prefeitura, Prm, Hb, Especialy e Soluções estão todas unificadas para atrasar salários, cesta básica e férias das merenderias que vem denunciando para o Esquerda Diário as condições de miséria que estão submetidas, com anuência da secretária de educação.

sábado 12 de junho de 2021 | Edição do dia

As empresas terceirizadas da Prefeitura, Prm, Hb, Especialy e Soluções estão todas unificadas para atrasar salários, cesta básica e férias das merenderias que vem denunciando para o Esquerda Diário as condições de miséria que estão submetidas, com anuência da secretária de educação.

A Home Bread atrasou os salários enquanto as trabalhadoras estiveram afastadas das escolas, assim como a Prn, Soluções e Specialy. Uma trabalhadora da HB denunciou a sua atual situação para o Esquerda Diário:

"a gente esta trabalhando e não estamos recebendo na data certa, sempre recebendo atrasado, desde o ano passado, quando a gente ficou metade pela firma e metade pelo estado, a firma sempre atrasava e o estado pagava em dia. Nós estamos passando muita necessidade, temos nossas contas pra pagar, aluguel, e a firma a gente liga e eles só sabem dizer sem previsão, só no fim do mês. Todo mês é essa penitência com a gente e eles não fazem uma reunião, nada para explicar a situação para a gente. Eles não fazem uma reunião para explicar a situação e ficamos ao deus dará, não temos sindicato, ninguém por nós, trabalhadores. Temos que ir trabalhar, somos obrigados a ir trabalhar se não somos demitidos por justa causa, é isso que eles alegam. Está difícil a situação para nós trabalhadores, pandemia, se a firma não pode arcar passa a vez para outra. Todo ano tem a licitação e eles renovam. A firma é a HB, multinacional, multiservice, com escritório na Pechincha, Jacarepaguá. É difícil, fica difícil para a gente."

Duas trabalhadoras da Prn também deixaram seu depoimento, a empresa segue a linha de precarização de vida da HB, deixando as trabalhadoras sem salário, sem direito a férias e nem “cesta básica”:

“Cesta básica sempre atrasada, nós temos 3 cestas básicas para trás. Na verdade a nossa cesta é um kit, não é cesta básica na verdade é um kit porque se der para comer uma semana é muito, se for uma família grande é 2, 3 dias só. Cesta básica atrasada, férias atrasada desde o ano retrasado, já pagaram metade das nossas férias, não falaram mais nada. Eles perguntam e não falam nada. Fica difícil para a gente”

“Não estamos afastadas, estamos trabalhando, ir para escolas cumprir horário de 10h até 15h, de segunda a sexta. Todas nós temos que cumprir horário, todo mundo se esforçando, trabalhando, chega no final do mês a gente fica aguardando pagamento, não dão satisfação. A gente que está fazendo o trabalho da supervisão, por que a gente tem que se deslocar para pegar a cesta básica, que na verdade é um kit alimentação, não é cesta básica. Temos que pegar folha de ponto, se desdobrar para pegar folha de ponto por que os supervisores não querem se expor devido a Covid. Não tivemos nem direito a vacinação nas escolas, tivemos que correr atrás da vacinação, com cesta básica atrasada, salario atrasado, nenhuma satisafação da empresa, sindicato é omisso, SEEDUC também. A única coisa que a SEEDUC fala é que repassou o dinheiro a empresa eles não passaram para a gente, então é a única coisa que ficamos sabendo. Fora isso, não sabe o que está acontecendo, ninguém fala nada mas nós seguimos trabalhando”.

A empresa especialy também vem demitindo durante a pandemia, deixando trabalhadoras ao léu em meio a uma grave crise econômica.

É preciso batalhar pela unidade de todos os trabalhadores terceirizados de todas as empresas, a precarização de vida imposta pelas empresas impõe situações extremas para uma categoria em sua maioria feminina e negra. Esse descaso tem como principais responsáveis as empresas e governos de Eduardo Paes e Cláudio Castro, já são diversos meses em que a mesma situação segue se repetindo. Por isso as trabalhadoras da Especialy entraram em greve por estarem com seus salários atuais atrasados. A unidade dos efetivos e de todos os terceirizados é que pode barrar essa situação de mazela para essa categoria, além da vacinação de toda comunidade escolar.

Quer denunciar? Mande seu relato para +55 11 97750-9596
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