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O governador de São Paulo João Dória (PSDB) anunciou o novo plano de retomada das aulas presenciais que será posto em prática em agosto e vai ampliar o número de alunos. Esse plano vai levar em conta a capacidade total de acolhimento das escolas e não mais o total de matrículas, dessa forma será calculada a porcentagem de alunos permitidos, variando por estabelecimentos de ensino, sem obrigação de retorno dos estudantes num primeiro momento.

Foi definido também que o distanciamento mínimo entre as pessoas passa a ser de 1 metro, e não mais de 1,5 metro, sendo que cada escola vai desenhar seu plano de retorno.

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“Cada escola deverá determinar a capacidade de acolhimento total de alunos de acordo com a sua realidade, desde que sejam respeitados todos os protocolos de prevenção, como uso de máscara, álcool em gel e distanciamento mínimo de um metro entre os estudantes na sala de aula”, afirmou Doria.

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Doria e Rossieli querem a qualquer custo impor o retorno inseguro das aulas presenciais. Fazem isso para atender a fome de lucro dos empresários da educação e da patronal de conjunto. Nunca criaram condições reais para o combate da pandemia. São Paulo é o Estado da nação com mais óbitos. Já passou mais de um ano desde que a pandemia foi declarada e até agora não foram criadas condições que garantam o acesso ao ensino remoto para todos os estudantes que necessitam. Tampouco foi criada uma política consequente de segurança alimentar para os estudantes que seguem com o estômago ardendo de fome em meio a miséria instalada no país. Uma série de outros descasos poderia ser aqui destacada como, por exemplo, a demissão de milhares de trabalhadores da educação e terceirizadas. Somente a comunidade escolar (pais, professores e alunos) pode decidir quando, se e como devem retornar as aulas presenciais.

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