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Os times que fazem parte da Superliga são: Real Madrid, Atlético de Madrid e Barcelona, da Espanha; Milan, Juventus e Inter de Milão, da Itália; Manchester United, Manchester City, Liverpool, Arsenal, Chelsea e Tottenham, da Inglaterra. Destes, Real Madrid, Chelsea e Manchester City disputam as semifinais da Liga dos Campeões, na próxima semana.

O projeto é que seja organizada uma competição anual, disputada no meio de semana, no horário dos jogos da Liga dos Campeões, com 15 times fixos, estes 12 e mais 3 que ainda não foram definidos, e mais 5 times convidados, baseados no desempenho nas ligas nacionais. Os clubes grandes da Alemanha, como Bayern de Munique e Borussia Dortmund, rejeitaram a ideia.

O intuito da Superliga é aumentar os lucros dos times que a compõem, buscando arrecadações bilionárias de direitos de transmissão e patrocínio, que seriam divididas diretamente entre os clubes envolvidos. Estes 15 clubes iriam garantir este dinheiro anualmente de maneira certa, independente dos resultados esportivos que hoje definem se o clube se classifica ou não para a Liga dos Campeões.

Isto ampliaria o fosso já existente entre os clubes grandes e os pequenos, que além de verem sua arrecadação diminuir, nem sequer teriam a oportunidade de medir suas forças com os melhores, e de buscar "zebras".

O gigante banco americano JPMorgan Chase irá fornecer um financiamento de mais de 3,2 bilhões de euros para iniciar a competição, e o secretário-geral da Superliga é Anas Laghrari, executivo de bancos de investimento, que atualmente trabalha na consultoria financeira Key Capital, evidenciando mais claramente os motivos de sua criação.

A Uefa prometeu ir a justiça contra a proposta. Jogadores e ex-jogadores, como Richarlison, Özil, Gary Neville e Eric Cantona também se pronunciaram contra a Superliga. Pela Europa, torcedores, inclusive dos 12 times envolvidos, também protestaram contra mais esse avanço do capitalismo na paixão popular que é o futebol.