O que os Metroviários tem haver com isso?

No Metrô de SP não estamos isentos dessa crise. São diversos ataques a direitos, terceirzações, cortes saláriais e demissões que a direção da empresa a mando de Doria aplica na categoria. Se já não bastasse estar trabalhando durante toda a pandemia, arriscando a vida para manter o mínimo de funcionamento na cidade, os Metroviários tem que enfrentar a política do governo, que se aproveita da situação para avançar seu projeto de privatização. Essa ofensiva de Doria está no mesmo contexto do fechamento da Ford. É a ganância capitalista querendo abocanhar uma empresa lucrativa como o Metrô.

O único jeito de derrotar esse processo de ataques, processo que é nacional, é unificando os trabalhadores para lutar. Se barrarmos as demissões na Ford, estaremos em condições muito melhores para barrar a precarização e os cortes de direitos no metrô, as privatizações, a reforma administrativa que vai cortar ainda mais da saúde, e todos os ataques. No sindicato dos Metroviários de SP, CUT e CTB são as maiores forças dentro da diretoria colegiada, ambas dirigem dois dos três sindicatos da Ford, respectivamente em Taubaté e Camaçari. Nos sindicatos filiados a essas centrais em outras categorias, se encontram milhões de trabalhadores. É urgente um chamado de unidade a todos para barrar essas demissões. Juntos com os trabalhadores da Ford, os entregadores de aplicativos e todos os milhares de sindicatos filiados a essas centrais, poderia se levantar um movimento nacional contra as demissões e por direitos.

A política que o governo Doria está aplicando nos Metroviários durante essa crise sanitária, seriam enfrentados em outro patamar caso exista um movimento nacional de trabalhadores, dando um basta nas demissões e ataques a direitos que os patrões e os governos promovem Brasil a fora. A derrota da extrema direita que se expressa na figura asquerosa de Bolsonaro, e a direita golpista que ataca os direitos do povo, não se dará em acordos no Congresso Nacional com o centrão pelo impeachment. Apenas com mobilização de base dos trabalhadores por suas demandas e por uma nova constituinte no país imposta pela luta, para varrer o regime do golpe de 2016, garantindo uma resposta de verdade à pandemia, colocando as vidas acima do lucro, garantindo todas as medidas necessárias e vacina gratuita para todos, controlada pelos trabalhadores do SUS, será possível acabar com a herança da ditadura militar e o atual regime golpista, derrotando o bolsonarismo no país.