A denúncia foi Associação dos Analistas da Fazenda Estadual do Rio de Janeiro (Anaferj) em seu blog, e mostra os números escondidos por trás das manobras de contabilidade que são mostradas ao público.

De acordo com os servidores da Fazenda, "Em números macro, o governo arrecadou 19 bi. no primeiro quadrimestre. Empenhou 23 bi de despesas e liquidou 19 bi. Até aí estamos falando de um déficit contábil de 4 bilhões.

Mas os valores das despesas efetivamente pagas somaram 15 bi.

Ou seja, o governo fechou o primeiro quadrimestre com um déficit contábil, mas com superávit em caixa de 4 bi caixa. 4,2 bi pra sermos exatos. Duas folhas inteiras."

Eles incluem uma legenda para explicar aos leigos o que os termos contábeis significam:

"Empenho:
Ato emanado de autoridade competente, que cria para o estado a obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição; a garantia de que existe o crédito necessário para a liquidação de um compromisso assumido; é o primeiro estágio da despesa pública.

Liquidação:
Verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.

Pagamento:
Último estágio da despesa pública. Caracteriza-se pela emissão do cheque ou ordem bancária em favor do credor.
"

Na prática, significa que enquanto dava calote nos salários de servidores, enquanto deixava a UERJ de portas fechadas, entre outros absurdos, Pezão guardava em caixa R$ 4 bilhões de reais. Suas prioridades estavam garantidas: o governo continuava pagando empresas envolvidas em esquemas de corrupção, desembolsando R$ 92 milhões. Para os servidores, só as bombas da polícia e os ataques, como a reforma da previdência versão fluminense, que aumentou a alíquota de contribuição dos servidores.

É mais uma demonstração de que eles estão sempre governando em benefício dos capitalistas.