A crise da UERJ devido aos cortes do governador Pezão só se agrava. Mesmo depois do fechamento da universidade por uma semana pelo reitor a falta de salários dos terceirizados e não pagamento das bolsas dos estudantes continua. Desde ontem se soma à situação o decreto do governador de só pagar em dia salários até o valor de R$ 2mil, todo o restante devido serão pagos "se houver dinheiro" dia 09. O décimo terceiro salário não está garantido.

Frente à esta situação os estudantes ocupam os campi Maracanã e a FFP em São Gonçalo. Neste exato momento ocorre uma assembléia no campus Maracanã, uma grande assembléia é esperada à 17hs uma vez que a maior parte dos estudantes desta universidade estudam à noite.

Os estudantes debatem reivindicações como suspensão das aulas, o pagamento imediato de suas bolsas, dos salários dos terceirizados em meio a esta crise do funcionalismo. Reproduzimos abaixo post em rede social de Carolina Cacau, coordenadora do Centro Acadêmico de Serviço Social e da Juventude às Ruas.

É inadmissível a situação da UERJ. Vieralvez e Pezão deixam milhares de estudantes, residentes e terceirizados numa total insegurança sem saber quando irão receber.

Alegam falta de verba, enquanto financiam obras superfaturadas para as Olimpíadas.

Não tem dinheiro para bolsas e salários mas tem para aumentar seus próprios salários, e prefeitura tem verba para a Liga das Escolas de Samba e para o subsídio da Supervia. O Governo Federal e estadual estão despejando nas costas dos trabalhadores e da juventude uma crise que não é nossa.

Na UERJ não podemos aceitar que nenhuma aula ou prova aconteça enquanto não forem pagos os salários e bolsas atrasadas. A hierarquia é que as bolsas e salários sejam pagos imediatamente.

O eixo não pode ser só cancelar as aulas, isso é o que o Reitor quer, pra ele é fácil, só antecipar de novo o recesso. Se a universidade for fechada como vamos garantir que as bolsas e salários sejam pagos?

Para massificar esta luta tem que ter ASSEMBLEIAS. Nenhuma decisão deveria ser tomada sem a base em momento críticos como esse.

Agora que ocuparam: QUE NENHUMA DECISÃO SEJA TOMADA SEM SER DECIDA NAS ASSEMBLEIAS.
NENHUMA NEGOCIAÇÃO SEM ASSEMBLEIA.

Nossa luta não é só pelas bolsas, mas tem pelos salários dos terceirizados. Ninguém fica para trás.

Não ao parcelamento dos salários.

Unifiquemos a luta contra os ajustes do Pezão.

Fiquemos de olho para não negociem pelas nossas costas!