Em um evento com empresários em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, o general Hamilton Mourão, vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), defendeu o fim do 13º salário: "Temos umas jabuticabas que a gente sabe que são uma mochila nas costas de todo empresário".

"Como a gente arrecada 12 (meses) e pagamos 13? O Brasil é o único lugar onde a pessoa entra em férias ganha mais", completou. "São coisas nossas, a legislação que está aí. A visão dita social com o chapéu dos outros e não do governo", afirmou o general.

Na ausência de Bolsonaro, seu vice e seu assessor econômico Paulo Guedes se revezam no papel de substituir o candidato nas declarações absurdas. Entretanto, as declarações longe de serem "atos falhos" de seus substitutos são na verdade a exposição explícita do programa de ataques de Bolsonaro aos trabalhadores, como o candidato já havia deixado claro nas suas próprias palavas de que "é melhor menos direitos e [mais] emprego do que todos os direitos e desemprego".

Bolsonaro, e sua chapa de militares e liberais, é a face autoritária da necessidade da burguesia de aprovação dos ajustes para descarregar a crise nas costas dos trabalhadores.