A ameaça ocorreu após conflitos que houveram com professores que queriam aplicar exames finais, o que obrigaria os alunos a saírem da greve. A intransigência e o desrespeito ao direito de greve levaram a agressões por parte de alguns professores como denunciamos aqui.

Os estudantes estão lutando para que a universidade pública deixe de ser um direito para poucos. Querem democratizar a universidade exigindo mais recursos que possibilitem os alunos de baixa renda permanecerem estudando (como moradia e bolsa-auxílio), o ingresso de negros através de cotas étnico-raciais, além de ser contra o corte de 40 milhões efetuado pela administração da universidade que irá piorar as condições de estudo e pesquisa. O HC (Hospital das Clínicas), atualmente responsável por atender a população de Campinas e da região, também será afetado pelos cortes no orçamento. ´

É necessário o mais amplo apoio de entidades, sindicatos, centros acadêmicos, organizações, movimentos sociais, personalidades e intelectuais aos estudantes perseguidos. Moções e declarações de repúdio à essas ameaças e em defesa dos estudantes serão muito importantes para dar visibilidade ao que vêm ocorrendo na Unicamp. Chamamos uma ampla campanha democrática contra a perseguição aqueles que lutam pela educação pública.