Foto: Kennet Anderson/Brasil de Fato

A manifestação é parte do chamado ao Dia Nacional em Defesa da Educação, contra o Future-se e os cortes nas universidades e recursos federais, convocado pela UNE e pela CNTE. A concentração da manifestação se deu em frente ao IFRN-Central e seguiu em direção ao Natal Shopping, passando pela BR-101.

Apesar de nas universidades e institutos federais, cujas entidades estudantis são dirigidas pelas correntes majoritárias da (UNE, PT, UJS e Levante) não foram construídos espaços amplos de debate que pudessem paralisar os cursos, para além de algumas reuniões chamadas às vésperas da manifestações, o ato contou com a presença de milhares de estudantes.

Porém, foi marcante a participação sobretudo dos servidores públicos, professores e funcionários da saúde, que realizaram uma paralisação nesse dia com uma manifestação pela manhã na sede da governadoria do estado, reivindicando: o pagamento dos três meses de salários atrasados, o calendário de pagamento desse ano, o aumento em 16% para corrigir as perdas inflacionárias e a promoção de concursos.

Dada a separação que a UNE e centrais sindicais como a CUT e a CTB entre a luta da juventude e dos trabalhadores, marcando dias separados de luta contra os ataques à educação e à reforma da previdência, está colocado para os milhares que marcharam debaixo de chuva, recuperar a força das assembleias e reuniões de base com objetivo de ir na contramão dessa separação imposta burocraticamente.

Nós do MRT e da Faísca - Juventude Anticapitalista e Revolucionária participamos levantando a necessidade de um plano de lutas unificado entre juventude e trabalhadora para que os cortes na educação, o projeto Future-se e a reforma da previdência façam parte de uma única luta, que seja construída a partir de assembleias e reuniões em todos os locais de trabalho e estudo, junto a base, aliada à população, para erguer um movimento que esteja a altura de derrubar os ataques do governo Bolsonaro, do Congresso e do STF.