FOTO: Reuters/Ueslei Marcelino

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do voto impresso, de autoria da deputada bolsonarista e presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Bia Kicis (PSL-DF), está sendo discutida na Câmara dos Deputados, após o seu presidente, Arthur Lira (PP-AL) ter criado uma comissão especial para debater esta PEC.

A comissão especial contará com 34 titulares e 34 suplentes, que serão indicados por lideranças partidárias. A própria Bia Kicis foi indicada pelo líder do seu partido na Câmara, Major Victor Hugo(PSL-GO), para compor a comissão. Ainda não foi determinada a data de instalação da comissão, dependendo da definição dos parlamentares que irão fazer parte do colegiado.

Se a PEC entrar em vigor, ela prevê a obrigatoriedade da expedição de cédulas físicas em eleições, plebiscitos e referendos.

A PEC foi aprovada com folga na CCJ, comissão que é responsável por analisar a legalidade a admissibilidade das propostas, e foi aprovada em dezembro 2019, quando Kicis ainda não era presidente da comissão. Desde abril que a deputada bolsonarista vem utilizando de forma bastante ativa suas redes sociais para fazer campanha à favor do voto impresso.

É uma demanda antiga do bolsonarismo, e o presidente negacionista já defendeu inúmeras vezes o voto impresso, do mesmo modo que Trump nos EUA, que utilizou essa justificativa para alegar fraude nas últimas eleições.

No mês passado, Bolsonaro afirmou em live que não iria reconhecer o resultado das eleições de 2022 caso ele perdesse e o voto não fosse auditável. Veja aqui.