O número foi feito a partir de levantamento do UOL, com dados do IBGE, e analisa o racionamento de água nas cidades do interior do maior estado do país. Em cidades como São José do Rio Preto a situação é ainda mais grave, em que cerca de 100 mil pessoas ficam sem água das 13h até as 20h.

Em Franca vimos imagens de tempestades de areia que lembram filmes sinistros de Hollywood. Mas não é Hollywood, não é ficção, é um processo de desertificação acelerado na região do sudeste do país motivadas por questões nada naturais – a bem dizer, são os efeitos de concentrações urbanas desenfreadas, altas temperaturas, queimas na Amazônia (que reduzem a precitipação no sul e sudeste), devastação da mata atlântica, agronegócio e, em suma, da irracionalidade capitalista. Quem paga a conta são os mais pobres.

Veja gráfico do IBGE abaixo:

Em Bauru a situação é drástica. A lagoa do Rio Batalha vem tendo uma queda acentuada em seu nível. A prefeitura obrigou um rodízio que deixou parte da população sem água por 48 horas ou mais. Enquanto isso o governo Bolsonaro, junto do Congresso e governadores como Dória, avançam em projetos de privatização de diversas empresas, como as de saneamento e energia elétrica. Querem lucrar com a crise.

  •  Leia mais sobre o assunto: [O capitalismo e seus governos destroem o planeta: destruamos o capitalismo! https://www.esquerdadiario.com.br/O-capitalismo-e-seus-governos-destroem-o-planeta-destruamos-o-capitalismo]

    Há anos São Paulo e outros estados da região vivem crise hídricas, com seca, e consequente falta d’água para a população. São os bairros mais pobres os mais afetados. Trata-se de uma crise anunciada cujas resoluções não são simples e, de fundo, passam por reconfigurar o sistema econômico, atacando o capitalismo que lucra com as devastações ambientais.