Nessa quinta-feira (17), lá vinha meia dúzia de gatos pingados, porém, esses não tinham coreografia. Estavam protestando sem o patão da FIESP e sem pixuleco. Esses, só eram parte da classe média juiz-forana, encantada por Moro e pela Rede Globo, que pra correr da chuva entraram pra câmara de vereadores e lá fizeram seu fabuloso ato da estupidez de quem cantava hino nacional contra a corrupção com camisa da CBF. Mas, já diziam eles que não eram só contra o PT e sim contra a corrupção, só que na hora de gritar, nada de Cunha, nem Aécio e nem o Japonês da Lava Jato, afinal, indignação seletiva contra a corrupção é típico dos atos dos coxinhas: sem ketchup, sem sal e sem noção.

Na Globo, nada diferente, tem cobertura de meia dúzia de “cantores” juiz-foranos, mas não tem nada dos atos de professores e estudantes no Rio de Janeiro. Mais uma vez a mídia mostra sua seletividade entre o que lhe convém e o que não os interessa. Afinal, nada mal pra quem já provou ser o chiuaua da burguesia.

Mas, a noite passada (quarta-feira, 16) também foi hora dos “cidadãos de bem” conhecerem a panela e a colher de pau. Batiam a Tramontina contra a corrupção, mas se por uma lado são bem coreografadas suas dancinhas do impeachment, não podemos dizer o mesmo de suas batucadas histéricas nos condomínios.

NÃO ACABAMOS POR AQUI, NÃO! Rolou fogo no pneu fechando a Rio Branco – mas, pasmem – não rolou cacetada da polícia e nem prisão de ninguém. Não tenho certeza, mas deve ter tido algumas selfies com a PM também. Afinal, com essa parcela da classe média seguidora do Moro o tratamento nas manifestações é VIP!