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As duas vítimas foram transferidas do Hospital Federal de Bonsucesso na zona norte do Rio de janeiro, após incêndio decorrente do superaquecimento de dois transformadores, e não resistiram falecendo nesse fim de semana. Há mais de uma ano e meio o hospital já tinha recebido uma alerta de risco de incêndio segundo a Defensoria Pública da União (DPU) e nada foi feito.

Dois pacientes perderam a vida durante o incêndio e as equipes do hospital não tinham treinamento sobre como proceder em caso de incêndio. O Ministério da Saúde se limitou a lamentar o caso, muito embora siga com a mesma política de cortes de gastos na saúde, mesmo durante a pandemia. Segundo cruzamento de dados do portal UOL o Hospital de Bonsucesso sofreu corte de 11% na verba no último período.

A responsabilidade é do governo Bolsonaro, que além de mais de 160 mil mortes contabilizadas em números oficiais por COVID-19 carrega entre os dedos o sangue de mais essas vítimas. Um absurdo que poderia ter sido evitado se não fosse o compromisso quase sagrado que esse regime tem com empresários e banqueiros, para quem flui grande parte do dinheiro público por meio das leis de responsabilidade fiscal e outros mecanismos como a fraudulenta dívida pública que suga metade do orçamento anual do Brasil.

Contra o desmonte e as tentativas de privatização do SUS é preciso lutar pelo não pagamento da dívida pública e pela estatização de todo o sistema de saúde sob controle e administração dos próprios trabalhadores, para que seja os capitalistas que paguem pela crise. Chega de mortes por conta dessa crise descarregada nas nossas costas!