O ato que estava sendo organizado pelo Comite Regional Contra a Reforma da Previdência, dirigido pela CUT e CTB prometia parar a Anchieta, mas pela baixa participação fruto da ausência de assembleias de base e não ter sido num dia de trabalho onde pudesse combinar paralisações que permitissem massificar a luta, o ato percorreu a Marechal Deodoro, uma rua comercial chamando atenção da população sobre os impactos dos ataques recentemente aprovados como a PL da Terceirização irrestrita.

Diretamente do ato, gravei este vídeo e postei na minha página:

O ato foi composto majoritariamente por dirigentes sindicais de diversas categorias que carregavam cartazes contra os ataques, mas sem defender nenhuma medida concreta para organizar a suposta "greve geral" do dia 28 de Abril. A esquerda independente do PT, que também vinha construindo outro Comite, teve uma intervenção sem qualquer exigência a construir um verdadeiro plano de luta ou delimitação dos projetos proposto pela CUT e CTB de canalizar esta força para Lula para a presidência em 2018. A esquerda precisa romper seu seguidismo da burocracia sindical e ser coerente para não acabar trabalhando para o petismo se recompor, e sim para apresentar uma alternativa de independência de classe, que é um exemplo na Frente de Esquerda da Argentina, que recentemente mostrou uma ação contundente e combativa na paralisação nacional deste dia 06 de Abril. Para isso não é possível se diluir completamente como foi a triste cena no ato, onde nem bandeira e nem um bloco próprio existiu.

Nós do Movimento Revolucionário de Trabalhadores participamos do ato num bloco independente para expressar a batalha que viemos dando nos locais de trabalho e estudo e também nos fóruns sindicais como as reuniões da CSP CONLUTAS, para que seja organizado comitês de base para organizar um Plano de luta para construir a greve geral que possa derrotar os ataques e o governo golpista do Temer. Junto com companheiros da Faisca do movimento da cultura, LGBT e da FSA, professores e mulheres do Pão e Rosas fizemos um bloco animado, cantando contra os ataques e defendendo uma greve efetiva que seja construída pela base.

Também distribuímos o chamado para o encontro "Como lutar contra as reformas de Temer para que os capitalistas paguem pela crise" que foi muito bem recebido e gerou curiosidade e entusiasmo em lutar pra valer em defesa dos nossos direitos.