Nesta sexta (16) o ministro da Educação, Weintraub, confirmou que corte na educação de R$ 926 milhões foi para ser utilizado no pagamento das emendas parlamentares. Isso mostra mais a ligação entre a reforma da previdência e os ataques à educação básica e superior.

Esse valor equivale a 16% do total bloqueado no MEC (Ministério da Educação) neste ano, que soma cerca de R$ 6 bilhões. Como já denunciamos aqui, o MEC perdeu quase um terço dos R$ 3 bilhões que a área econômica do governo Bolsonaro quer remanejar no orçamento federal para facilitar o pagamento de emendas parlamentares, negociadas para a aprovação da reforma da Previdência.

Sendo assim, os cortes que afetam o investimentos na educação e que podem culminar na paralisação das atividades de diversas universidade, foi feito para cobrir o pagamento de emendas que foram negociadas no primeiro turno de votação da reforma da previdência. Além das universidades, outras etapas de ensino da educação básica podem ser afetadas, como a infantil. Etapa essa que ao ter seus investimentos reduzidos afeta principalmente os trabalhadores que precisam das creches para poderem trabalhar.

Tendo em vista a ligação orgânica entre os cortes na Educação e os demais ataques dirigidos ao setor público, isso só confirma que o projeto de educação se encontra submetido ao projeto de desenvolvimento econômico brasileiro, impulsionado majoritariamente por potências imperialistas. Cabendo então o enfrentamento diante desses cortes que afetam crianças, adolescentes e pesquisadores no país. No entanto, a política a adotada por entidades como a UNE, que busca conter a luta estudantil, combinada a das centrais, que fazem o mesmo com o trabalhadores, sem permitir que estes unifiquem as lutas com os primeiros, não expressam como uma efetiva oposição ao governo.

O último ato do dia 13 de agosto confirma o apontamento feito anteriormente. Ainda que tenha sido um ato político, não se compara ao levante da juventude dos dias 15 e 30M. Por isso se torna fundamental apontar o criminoso papel dessas entidades, a fim de que elas organizem um plano de lutas unificado com os trabalhadores para combater o governo Bolsonaro.