Dias antes, segundo o Setor de Fiscalização de Produtos Controlados da 2.ª Região Militar, a decisão exército, baseada em liminar da ministra do STF Rosa Weber, decretava que a prática de tiro estava restrita a pessoas do exército. O que agitou eleitores armamentista, e os representantes de colecionadores de armas, atiradores e caçadores (CACs), também apoiadores do deputado governista Lupion, do progressista, responsável por encaminhar reclamação do CACs ao General Braga Netto, que acabou revertendo a decisão.

Um dos membros do CACs acabou expondo conversa entra Lupion e Netto. ‘’Lupion, resolvido. Estão corrigindo’’, respondeu Braga Netto após pedido do deputado. ‘’ Eu pedi ajuda para o ministro Braga Netto [..] seria o fim dos clubes de tiro no país’’, afirmou Lupion.

Como forma de concessão eleitoral e manter sua base reacionária, Bolsonaro faz demagogia com questões como armamento. Longe da falácia de defender a população, a política armamentista se volta contra aqueles setores alvos da extrema-direita, que são os negros, mulheres e LGBTs. A intenção de fato, portanto, além de agitar sua base eleitoral com discursos reacionários, é facilitar acesso às arma para setores como o garimpo que afeta sobretudo povos originários e ativistas ambientais.

Essa ação do General Braga Netto expõe mais uma vez a real posição dos militares no governo Bolsonaro, com cargos civis e repletos de privilégios, são cada vez mais parte da campanha bolsonarista, vide movimentação para os atos e desfile no 7 de setembro. É preciso enfrentá-lo com independência de classe, com um plano de lutas com atos de rua e paralisações para revogar as reformas e ataques.