Foto: Cpers sindicato

O relato é de uma professora de 63 anos que passou no concurso de 2013 mas não foi chamada e está há 21 anos em regime de contrato precário com o Estado. Ela recebeu o aviso de extinção do contrato por email no dia 3 de fevereiro. Ao entrar em contato com a direção do núcleo do sindicato que ela faz parte, recebeu a seguinte resposta:

Olá,
******!
Teve uma reunião com o Jurídico há pouco. Acabou, 15:20.
Perguntei sobre este tema. Infelizmente, é isso mesmo.
"

No email da Seduc, além de ser demitida dessa forma sem qualquer direito e aviso prévio, consta um aviso de confidencialidade, ou seja, ela não pode de forma alguma divulgar o email. É como se dissessem que além de tudo ela não pode denunciar e reclamar pelas injustiças aplicadas pela própria lei burguesa.

A seguir postamos alguns prints da conversa com essa professora preservando seu nome e foto de perfil.

A questão que fica é: o CPERS sindicato se tornou apenas assessoria jurídica agora? E a mobilização? E a luta por esses postos de trabalho? Não podemos aceitar essas demissões sem luta! É preciso pressionar a direção central e as direções dos núcleos do Cpers para mobilizarem o máximo possível para acompanhar essas educadoras demitidas nas CREs e na SEDUC e exigir a reintegração imediata de todas. É preciso criar uma forte campanha também pela efetivação de todos os contratos temporários sem necessidade de concurso público, pois a maioria já está há muitos anos trabalhando e já se mostrou apta ao serviço. É preciso acabar com essa divisão da categoria entre contratos precários e nomeados, está claro que os governos nunca irão realizar concursos públicos para suprir todas as vagas, pois manter 43% da categoria com contratos temporários serve para enfraquecer essa categoria que já parou o estado do RS diversas vezes lutando pela educação pública e contra as políticas neoliberais que descarregam a crise sobre a classe trabalhadora.

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