Os trabalhadores denunciaram Marchezan, Leite e Bolsonaro pela falta de testes massivos para a população e em especial para os trabalhadores da saúde que estão trabalhando sem saber se estão infectados ou não. A alta ocupação de leitos e o risco de infecção pelo novo coronavírus cria uma grande falta para atendimentos de outras enfermidades.

Bolsonaro nega a pandemia, espalha mentiras e confunde a população que se expõe, muitos trabalhadores não essenciais são obrigados a se expor pelos patrões bolsonaristas e se infectam, veem seus parentes próximos e colegas de trabalho morrerem de COVID-19. Paulo Guedes enviou 1,2 trilhão de reais para salvar banqueiros enquanto o governo Bolsonaro utilizou apenas 29% da verba de combate a pandemia até agora. São mais de 80 mil mortos no Brasil com mais de 2 milhões de infectados. No RS 50 mil infectados e mais de 1300 mortos. O governador Eduardo Leite (PSDB) por sua vez não nega a pandemia mas promove uma política ineficiente, uma dança de bandeiras que hora ficam vermelhas mas logo voltam para laranja sob pressão dos empresários. Marchezan (PSDB), prefeito de Porto Alegre, segue a mesma lógica de favorecer empresários em detrimento das vidas dos trabalhadores.

É preciso que toda a população tome conhecimento do que realmente ocorre no sistema de saúde público. Apoiar os trabalhadores da saúde na sua luta diaria na linha de frente do combate à pandemia. A gestão da saúde nas mãos desse Estado capitalista, de direita e extrema direita, está promovendo uma política genocida, enquanto partidos de esquerda que dirigem grandes sindicatos e centrais sindicais, como PT e PCdoB, não estão organizando uma resistência contra os ataques trabalhistas e econômicos, que descarregam a crise nas costas dos trabalhadores e do povo pobre, sequer um plano de luta de combate a pandemia.

É preciso que a própria classe trabalhadora se auto organize em cada local de trabalho para retomar os sindicatos e tomar em suas mãos a administração dos hospitais e empresas, exigir não só testes massivos para identificar infectados e promover um isolamento racional mas lutar pela liberação de todos os leitos privados num único sistema de saúde público e estatal. Girar, sob controle operário, as indústrias para a produção de equipamentos hospitalares e tudo o que for necessário para colocar as vidas na frente dos lucros. Somente a classe trabalhadora organizada pode dar uma resposta diferente da atual derrubando Bolsonaro e Mourão, sem depositar confiança no STF e Congresso golpistas nem nos governadores, é possível impor uma Constituinte Livre e Soberana para que seja o povo que decida os rumos do país podendo assim mudar as regras do jogo e não apenas os jogadores.

O lucro e os interesses dos empresários e banqueiros estão, como nunca, diretamente contrapostos ao direito à vida da população trabalhadora e pobre. Para lutar pelo direito elementar à vida é preciso lutar contra o enorme acumulo de capital e fluxo de dinheiro público para as mãos dos credores bilionários da dívida pública. Uma grande mobilização em unidade de trabalhadores pode exigir o confisco dos bens dos grandes sonegadores, o fim das isenções fiscais, uma taxação sobre as grandes fortunas e o fim do pagamento da dívida pública, gerando assim os recursos necessários para combater a pandemia e garantir renda e emprego para todos. Nossas vidas valem mais que os lucros deles!