O caso foi exposto pelo pai adotivo da menina, o advogado curitibano Jorge Timi, que acompanhado da mulher, Tatiane Timi, e do restante da família, a avó da criança e seu irmão, passavam o final de semana em São Paulo.

Em seu relato nas redes sociais, o advogado, acrescenta ainda que segundo o funcionário a ordem partiu da gerência do estabelecimento, que por sua vez alegou que seguia orientações da empresa. Ainda assim, segundo os pais, a Starbucks fez contato e lamentou o "incidente". "Incidente é quando você queima a língua no café quente. Isso é racismo. Vamos até as últimas consequências. E para que isso não se repita que estamos divulgando o caso agora", disse Tatiane, mãe da menina .

"Nossa filha nasceu do nosso coração e você não imagina a dor que sentimos com esta atitude de racismo e preconceito. O segurança pegou no braço da nossa filha e disse que ela tinha de sair e que o lugar não admite pedintes", disse Tatiane, em entrevista à rádio Banda B, de Curitiba. "Imagine como nossa pequena ficou. Em choque, não conseguia se mexer."

No dia de hoje, em que se comemora o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, este caso só evidencia a persistência do racismo como um brutal instrumento de opressão do capitalismo e a importância justamente desta data para reafirmar o papel de luta e resistência que as mulheres negras historicamente desempenharam e a importância delas para a construção de uma sociedade livre das opressões.

VEJA TAMBÉM: Opressão a serviço da superexploração mulheres negras ganham 60% menos que homens brancos

Mulheres negras, capitalismo e revolução

MG: Professoras e secundaristas denunciam o racismo e evidenciam suas lutas