Assim, qual deveria ser o papel do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Campinas (STMC)?

Ele deveria ter como objetivo a defesa dos interesses da categoria, organizando a greve geral e as manifestações na cidade como mecanismo de luta para que possamos barrar de vez os ataques do governo.

Mas não é isso o que está acontecendo. O STMC, mais uma vez, não está defendendo os interesses e reivindicações dos servidores municipais de Campinas.

Em seu site, está exposto um cartaz em que o sindicato afirma apenas "apoiar" a paralisação do dia 14. Ele não está atuando efetivamente para a construção dessa greve, não recebemos a visita dos membros do sindicato em nossos locais de trabalho, não recebemos panfletos explicativos sobre a organização da mobilização, não há nenhum respaldo, por parte do STMC, para que os servidores em conjunto possam parar seu trabalho nesse dia e participar das manifestações que acontecerão na cidade. Muitos estão temerosos, pois sem a atuação sindical, os trabalhadores se sentem inseguros juridicamente. Mas muitos farão a greve mesmo assim, à revelia do sindicato.

Mas, por que o STMC não defende os interesses dos trabalhadores?

A direção do nosso sindicato é filiada ao PSB, o mesmo partido do atual prefeito de Campinas, Jonas Donizette, que tem atuado a favor da reforma da previdência na função de presidente da Frente Nacional de Prefeitos. Jonas Donizette é um entusiasmado defensor da reforma da previdência, já tendo, inclusive, proposto modificar a previdência municipal, o Camprev.

O apoio político do STMC ao prefeito defensor da reforma da previdência parece estar cobrando seu preço, que se mostra na demagogia de dizer publicamente que "apoia" a greve do dia 14, mas “sem mover um dedo” para construí-la de fato.

Não podemos ficar refém da política traidora dessa burocracia sindical. Devemos, a despeito da imobilidade da direção do STMC, buscar mobilizar nossos locais de trabalho e construir ativamente o 14J, nos somando às atividades do dia e ao grande ato contra a reforma da previdência, às 17 horas, no Largo do Rosário.