Já era completamente desesperadora a situação dos servidores estaduais do Rio, com o plano que havia sido anunciado pelo governo de pagamento parcelado dos salários de novembro que previa a última parcela para o dia 20 de janeiro. Mas nem esse pagamento parcelado anunciado por Pezão foi cumprido.

O governo de Pezão coloca a culpa no arresto de suas contas feito sob comando do governo federal. O fato, contudo, é que os privilégios dos políticos e as parcelas do pagamento da dívida pública que vai pro bolso de banqueiros e especuladores continuam sendo pagos religiosamente em dia. Mas os servidores tiveram que fazer fila para receber doações para suas ceias de Natal.

Nessa sexta-feira, 23, os servidores realizaram nova manifestação contra o não pagamento de seus salários. De acordo com o anúncio feito pelo governo, as parcelas que deveriam ter sido pagas essa semana serão pagas apenas no dia 5 de janeiro, deixando milhares de trabalhadores na completa miséria no período das festas.

Exceto os políticos e magistrados, os policiais e os professores da ativa, nenhum servidor recebeu o salário de novembro, que viria já parcelado até janeiro antes do Tesouro Nacional fazer novo bloqueio das contas do estado. 23 e 29 seriam os dias que cairia um pagamento de R$ 370,00 e R$ 270,00, respectivamente, valor que sequer dá para pagar um aluguel. Pezão, depois de pagar os altos salários dos políticos da ALERJ, dos magistrados e alto escalão do governo, decidiu pagar as policias, suas fieis protetoras que garantem que a “ordem” seja respeitada sob a base de cassetetes e bombas de gás para que os políticos do estado possam aprovar seus pacotes de ataques à classe trabalhadora.

Já os professores da ativa receberam seu salário e tem a promessa de receber o 13º no dia 28 porque o governo está utilizando o dinheiro do FUNDEB para os pagamentos. Enquanto que aposentados e pensionistas da educação nada receberam, e não se sabe até quando este tapa-buraco do governo continuará existindo para os servidores da ativa. Os servidores da FAETEC, legitimamente, questionam porque também não recebem o pagamento através do mesmo fundo, que é Federal, destinado ao desenvolvimento da educação básica.

Eles marcharam do Largo do Machado até o Palácio da Guanabara. Foram mais de 600 pessoas, entre servidores e professores da UERJ, Faetec, da saúde, da Universidade Estadual do Norte Fluminense, professores da rede e servidores da Justiça. Também estavam presentes setores militares, como bombeiros e policiais.

É preciso que os sindicatos cessem sua paralisia, procurando superar as meras medidas paliativas para dar uma resposta dos trabalhadores para a crise do estado que passa pela mobilização dos trabalhadores, com assembléias de base e coordenação entre as categorias, contra o plano destes políticos que vivem como marajás enquanto os trabalhadores nem sabe se terão ceia este ano.

Para derrotar a chantagem de Temer e Pezão junto com todos seus ataques é preciso lutar pelo não pagamento da Dívida Pública. Contra a reacionária Lei de Responsabilidade Fiscal que é uma verdadeira ditadura dos bancos auxiliada pelos seus representantes no Legislativo, Executivo e Judiciário, devemos lutar para impor uma constituinte livre e soberana aonde os trabalhadores é que decidam sobre o orçamento da União, estatizando os bancos para que meia dúzia de grandes banqueiros parem de controlar a economia do país, e investindo em serviços públicos de qualidade para o povo. E que aproveitemos para