Foto: VALERIE BAERISWYL / AFP/16-7-21

O primeiro ministro, desde o assassinato do ex-presidente decretou de forma autoritária estado de sítio que concede plenos poderes repressivos para a Polícia e as Forças Armadas, além de aumentar os poderes do executivo. O povo haitiano vem se mobilizando desde 2018 contra as medidas autoritárias e de ataque aos trabalhadores do falecido presidente.

A justiça colombiana afirmou na última semana que Joseph está sendo investigado como um dos mandantes do assassinato (que tem mais de 20 suspeitos, todos ex-militares), o que a polícia haitiana, subordinada de Joseph, negou. No início, Joseph recebeu respaldo da ONU e de Biden para assumir o cargo, mas, agora o Core Group, que é formado por embaixadores e outros representantes do Brasil, Alemanha, Canadá, Estado Espanhol, Estados Unidos, União Europeia, ONU e OEA (Organização dos Estados Americanos), mudou de posição e defendeu a formação de um governo sem Joseph.

Claude relatou sua renúncia à revista americana Washington Post como algo que ele estava fazendo "pelo bem da nação", e que ele não estava interessado em disputar o poder. O feito foi saudado pela ONU e por Biden como benéfico para manter o suposto equilíbrio da sociedade haitiana e preservar a democracia. No entanto, a troca serve como uma tentativa de arrefecer de forma aparente essa crise social instaurada no Haiti que de equilíbrio não tem nada, pois o Estado serve aos interesses dos capitalistas.