O sistema eleitoral brasileiro não é dos mais democráticos do mundo. Além de ser controlado por quem tem mais dinheiro e partidos fisiológicos, estamos vivendo um regime cuja ex-presidente foi derrubada por algumas centenas de deputados e o atual presidente foi eleito em uma eleição para lá de manipulada. STF, militares, mídia e a direita retiraram o principal oponente do pleito de forma antidemocrática e manipularam as eleições de 2018.

Mas o voto impresso de Bolsonaro não quer, evidentemente, democratizar as eleições. Pelo contrário, Bolsonaro quer repetir o feito, fracassado, de Trump, caso perca em 2022. Seu ídolo republicano tentou por todas as vias fraudar as eleições norte-americanas, mas não conseguiu. Quer inflingir mais e mais suspeitas sobre o processo eleitoral para justificar eventuais ações de força.

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    Pacheco, do MDB, que foi eleito com o apoio do bolsonarismo, da direita e também do PT, torna-se aliado de Bolsonaro nessa empreitada, junto do PDT de Ciro. É uma macarronada desagradável de siglas aparentemente adversárias, mas o regime do golpe tem disso mesmo, dessa mistureba reacionária onde os trabalhadores são os grandes perdedores. Daí a importância de se combater o conjunto do regime e não só um ator aqui, outro acolá.

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