Na foto, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP)

Liderado por Arthur Lira (PP-AL) e com o apoio do presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), o Blocão reúne 243 deputados de 11 partidos, como resposta ao bloco do PSDB e PR na disputa da presidência da comissão.

Também composto por DEM, PSB, PDT, PODE (Podemos), PSC, PHS, AVANTE e PEN, o blocão inclusive pode ficar com o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

O outro bloco, que é liderado por José Rocha (PR-BA), conta com PRB, PTB, SD, PPS, PROS, PSL, PRP. No entanto, há 5 partidos que não compõem nenhum bloco (PT, PSD, PV, PSOL e Rede).

Mais uma vez, pode ser visto entre os políticos brasileiros a política de acordões para alcançar cargos de poder. Uma postura já conhecida do PCdoB, também vista durante os anos de governo do PT, principalmente com o PMDB, em vez de lutar pelos direitos dos trabalhadores e da juventude que são arrancados com avanço do golpe institucional.

O PCdoB, assim como o PT, com suas políticas de conciliação de classe mostram exatamente o caminho pelo qual a esquerda não deve seguir. É preciso construir uma alternativa anticapitalista que realmente se enfrente com os partidos da ordem, com os capitalistas donos de empresas e o conjunto dos poderes. Sem essa independência, os interesses dos trabalhadores serão sempre jogados para o escanteio.