Após a aprovação da destruição das aposentadorias com a Reforma da Previdência de Bolsonaro e Guedes aprovada no Congresso Nacional, o Maranhão foi o primeiro estado a buscar se “adequar” às novas regras e atacar seus servidores públicos.

A Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema) aprovou projeto encaminhado pelo governador Flávio Dino aumentando a contribuição previdenciária, descontada diretamente na folha de pagamento, de 11% para 14%, com o desconto podendo chegar a 22% do salário. Mais de 100 mil pessoas que atuam no funcionalismo público do Maranhão devem ser atingidas pela mudança.

O projeto foi votado em regime de urgência, em apenas dois dias, com o auxílio do líder do governo na Alema, Rafael Leitoa (PDT). Trabalhadores e representantes sindicais foram impedidos de acompanhar a votação no plenário da Assembleia.

Deputados da própria base do governo afirmaram que o governo estadual basicamente estava repetindo a reforma do governo Bolsonaro.

As mudanças no valor descontado do salário dos servidores entram em vigor a partir de março de 2020.

O deputado Othelino Neto (PCdoB), tentando justificar o ataque de seu partido às condições de vida dos trabalhadores, explicou que a situação é ainda pior. A assembleia ainda não deliberou sobre a Reforma da Previdência de fato; esse foi apenas um adiantamento e em até dois anos farão outro projeto de lei para atacar ainda mais a previdência.

Continua a traição do PCdoB, do PT e dos governadores do nordeste apoiando a Reforma da Previdência de Bolsonaro

Desde o início da tramitação da Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados denunciamos o apoio dos governadores do nordeste (do PCdoB e do PT) ao projeto de Bolsonaro. Enquanto os parlamentares destes partidos de oposição faziam demagogia em suas intervenções no legislativo e na mídia, os governadores davam declarações favoráveis à Reforma e articulavam apoio de deputados dos seus estados ao projeto, chegando a barganhar inclusive com a verba do megaleilão do pré-sal.

Ao mesmo tempo, a CUT e a CTB, também dirigidas pelo PT e pelo PCdoB, eram cúmplices das centrais sindicais que deixaram o ataque histórico da Reforma da Previdência de Bolsonaro ser aprovado sem terem colocado em ação um verdadeiro plano de luta com paralisações, greves e manifestações para derrotar o projeto. Os mesmos partidos, na direção da UNE, cumpriram papel semelhante, dividindo e freando as lutas e separando as demandas estudantis das demandas dos trabalhadores.

Veja quais deputados votaram a favor da Reforma da Previdência Estadual no Maranhão: