O cenário de guerra estava armado, a ordem de despejo autorizada pela Justiça, Alckmin e Jonas, iria ser cumprida com violência, mas os moradores em assembleia decidiram não pôr em risco a vida dos ex-moradores do terreno, de suas gravidas, crianças e idosas. Optaram por tentativas de negociação. Propuseram que saíssem do terreno com suas coisas se a PM e a tropa de choque não invadisse com a repressão.

Pediram para a prefeitura que as famílias e seus pertences pudessem ser alocadas provisoriamente em um ginásio após desocuparem, sem a necessidade da intervenção policial. E a prefeitura na figura do prefeito Jonas Donizette negou ao pedido, pois certamente devia querer ver sangue de deficientes, mães e avós regar aquele terreno, abandonado antes da chegada das famílias, por 40 anos.

Saiba mais: Enorme aparato policial inicia reintegração da Ocupação Mandela em Campinas

Por fim, mais de 600 famílias estão agora em situação de rua graças a Jonas, Alckmin, PM e Justiça, graças ao Estado, quem supostamente deveria garantir direitos mínimos, como a moradia. Para essas figuras, o direito é secundário, pois o que deve ser preservado é o direito de propriedade privada de um terreno abandonado a décadas, apenas agregando valor especulativo.

Confira o vídeo divulgado na página Ocupação Mandela após as tentativas de negociação: