A esquerda argentina se mobilizará desde cedo em uma nova jornada de luta contra a reforma da previdência que o governo de Maurício Macri busca impor por meio de uma nova votação no congresso.

O objetivo da esquerda é claro, e ontem Claudio Dellecarbonara, membro do sindicato dos metroviários e referência do Movimento de Agrupações Classistas impulsionado pelo PTS (Partido dos Trabalhadores Socialistas), disse: "Se se colocam em movimento todas as forças dos trabalhadores podemos derrubar as reformas. As centrais e sindicatos que dizem se opor à reforma têm que convocar uma paralisação nacional com mobilização até o Congresso desde cedo nessa segunda. E a CGT [Central Sindical] que ameaçou com uma paralisação nacional tem que chamá-la já, mobilizando todos os seus sindicatos e retirando, além disso, seu apoio à reforma trabalhista."

"Amanhã, a partir das 8h, vamos fazer cortes em todos os acessos à cidade de Buenos Aires e em todo o país", assegurou o coordenador nacional do movimento Barrios de Pie, Daniel Menéndez.

Segundo adiantou a agência Telam, a Confederação de Trabalhadores da Economia Popular (Ctep), a Corrente Classista e Combativa (CCC) e outras organizações sociais se concentrarão a partir das 12h no cruzamento da Avenida de Maio e 9 de Julho para marchar rumo ao Congresso.

Por sua vez, a CTA Autônoma [Central Sindical] convoca uma concentração desde o meio-dia na Avenida de Maio com a Sáenz Peña para mobilizar rumo ao Congresso. Cerca de 40 sindicatos, entre os quais se encontram a Corrente Federal de Trabalhadores, sindicatos do Movimento de Ação Sindical Argentino, a UOM, a União de Docentes Argentinos, Canillitas e o Suterh, se somaram a essa proposta.

O Conselho Diretor da CGT [Central Sindical] anunciou que nessa segunda, a partir das 12h, convocaria uma paralisação geral das atividades por 24h, medida de força que ratificará após uma reunião na sede de Azopardo nessa manhã às 9h.