Em uma cidade próxima à capital argentina, Buenos Aires, uma professora do ensino básico, Corina De Bonis, estava caminhando na rua quando um carro se aproximou e, colocando uma sacola em sua cabeça, a sequestrou.

O grupo desconhecido não só golpeou a professora, como também escreveu com uma lâmina em seu abdômen “Panela não” (traduzido para o português), em referência à atitude da professora de levar e dar comida aos seus alunos que estão passando fome devido à crise que vive o país argentino.

Já há algumas semanas, Corina vinha recebendo ameaças similares dizendo “basta de fazer política”, “não às panelas populares” se referindo à prática que a professora tinha de ajudar as crianças do bairro entregando-lhes comida.

Desde o Brasil nos solidarizamos e repudiamos fortemente esse ocorrido. Os professores na Argentina, assim como as mulheres, juventude e demais trabalhadores de outros setores, frente a forte crise e inflação que vive o país, estão sentindo na pele que a crise é cada vez mais despejada nas costas da classe trabalhadora. Diante da fome de crianças do bairro em que trabalhava, Corina teve uma atitude solidária e humana, é um absurdo que aconteçam ameaças e agressões frente a isso. Na Argentina e no Brasil não aceitaremos!