A “modalidade olímpica” adotada pelos explorados e oprimidos – a de tentar apagar a tocha – expressa mais a realidade: como em Angra dos Reis, onde ela foi apagada e sua passagem inviabilizada, em toda a parte há revolta contra a imposição de mais repressão, miséria e exploração para garantir o “sucesso” dos Jogos Olímpicos.

No Rio, um estado onde a crise deixou servidores sem salários, precarizou os serviços e motivou greves como as da UERJ e dos professores, leitos hospitalares em falta para a população são fechados e reservados aos atletas. A frota de ambulâncias da saúde pública diminuiu de de 46 para 26 ambulâncias, entre dezembro e junho. Enquanto isso, para os jogos olímpicos o governo federal comprou 146 ambulâncias por R$ 42 milhões e ainda gastará R$ 20 milhões pela operação. Entre tantas outras “maravilhas” do legado dos jogos olímpicos, como as remoções, as leis de exceção, o aumento do policiamento repressivo nas favelas, etc.

Não queremos Olimpíadas para apresentar um cartão postal do governo golpista para o mundo! Queremos saúde, transporte, moradia, educação!