Foto: Fabio Rodrigues Pzzebom/Agência Brasil

O vice-presidente, Hamilton Mourão, foi o primeiro da cúpula do governo Bolsonaro a pronunciar-se sobre o caso do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ). Com um hipócrita tom apaziguador, Mourão afirmou que ambos os lados se excederam, referindo-se ao deputado e ao STF.

Justamente ele, o vice-presidente de Bolsonaro, saudoso e defensor da ditadura militar e seu AI-5, assim como o deputado preso, e dedicado à aplicar todos os ataques contra os trabalhadores, assim como, e junto ao STF e as instituições que falam em democracia para sustentar um regime do golpe que eles mesmos protagonizaram.

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A escória do reacionarismo bolsonarista, o mesmo que quebrou placa que homenageava Marielle Franco, Daniel teve decreto de prisão após declarações autoritárias reivindicando o AI-5 e o fechamento do tribunal. Com a disputa aberta entre STF e Alto Comando das Forças Armadas, em que sob a bandeira da democracia se utiliza da lei de segurança nacional para prender um deputado, abrindo precedentes perigosos para os trabalhadores e suas organizações, Mourão afirma “crise desnecessária” para fingir imparcialidade.

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Enquanto o vice faz declarações com um tom de que é necessária “temperança” quanto a “excessos inconstitucionais”, Bolsonaro nada fala sobre o caso do seu famigerado seguidor.