(Foto: Divulgação/Mobilidade Sampa)

A operação deverá ocorrer até o inicio de 2022. O presidente do Metrô, Silvani Pereira, afirma que este não será um evento isolado, e que busca ganhar credibilidade com o mercado financeiro, fazer outras ofertas, bem como se utilizar de outros meios de financiamento do mercado financeiro.

Leia também: Doria quer fechar as bilheterias do Metrô e CPTM e aumentar precarização e desemprego

Além da emissão de R$ 400 milhões em debêntures (espécie de título da dívida de uma empresa), o Metrô será registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) como uma companhia aberta de categoria B, o que significa que não há emissão de ações.

Com esta emissão, o Metrô terá que operar visando o lucro, para que possa pagar a divida com investidores privados. Isto ocorre no momento em que as bilheterias do Metrô são terceirizadas, e que o governo de João Doria privatiza linhas inteiras do sistema ferroviário e fortalece ainda mais a privatização dos sistema de transportes.

Esta política de privatização leva ao aumento dos preços das passagens e a piora do serviço para a população, bem como à precarização do trabalho dos metroviários, com demissões e terceirização, bem como a tentativa de retirar a histórica sede do Sindicato dos Metroviários.

Leia também: Contra as demissões em massa no Metrô e CPTM: unir efetivos e terceirizados com apoio da população

A luta dos metroviários, em conjunto com a população que usa o serviço, é o caminho para barrar a privatização dos sistemas de transporte, e garantir um transporte público 100% estatal, controlado pelos trabalhadores e pelos usuários.