A Polícia Federal aceitou fechar um acordo com Mauro Cid, ex-ajudante de Bolsonaro (PL). O Ministério Público Federal (MPF) ainda precisa ser ouvido sobre quais as condições para o acordo ser firmado. Além disso, a delação premiada só passa a valer após homologação (aval) do Supremo Tribunal Federal (STF) que está agora nas mão de Alexandre de Moraes.

Está delação é bem vista pelo conjunto das instituições do Estado e pelo Governo de Frente Ampla que por sua vez, vê uma oportunidade de “salvar”, a visão geral sobre o exército e as Forças Armadas em geral, que foram cúmplices dos governos bolsonarismo e de todos os ataques à classe trabalhadora.

Ainda, o exército vê nessa delação, oportunidade de esclarecer o 8 de Janeiro, e realizar um “expurgo” internos, para salvar a instituição junto com o Governo da Frente Ampla que ainda utiliza o exército, inclusive para novas incursões em outros países, como o Haiti, para exercício de violência contra populações marginalizadas e em sua maioria negra e que realizam essa reprodução nas periferias do país, posteriormente.

A perseguição das instituições herdeiras do golpe de 2016, contra o bolsonarismo, é mais um cálculo da balança para a manutenção do regime. Bolsonaro aplicou ataques de conjunto a classe trabalhadora, ataques requisitados pela a burguesia que agora tem como norte, a manutenção destes mesmos ataques neoliberais. Por isso, apenas a força da classe trabalhadora pode derrubar não apenas o bolsonarismo, mas também o conjunto dos ataques à classe trabalhadora.