O empresário fala à Folha e se gaba desse investimento, dizendo que o principal contágio se dá nos transportes públicos e não no comércio, além de que todo um aparato de segurança foi organizado para a segurança nos estabelecimentos. Faz coro com a política do governo que pensa nos empresários e não nos trabalhadores, afinal de que forma esses chegarão ao trabalho? De transporte público.

Contrapõe a reabertura do comércio comparando-nos com outros países onde nas suas palavras “tiveram casos muito gritantes e tiveram problemas maiores”. Em quais dados se baseia para dizer isso não sabemos muito bem, visto que o Brasil é o novo epicentro mundial da pandemia e a cada dia o número de mortes só aumenta, já passam os 50 mil.

O discurso do “novo normal” se faz presente em sua fala, mas que novo normal é esse? Apenas assumir que para manter o lucro dos capitalistas, esses que seguem em seus isolamentos, colocam a vida de milhares de trabalhadores em risco que veem seus salários diminuídos, suas situações de trabalho cada vez mais atacadas, seus direitos suprimidos e ainda correndo o risco de contaminação nos transportes e locais de trabalho, além de terem de lidar com os EADs e seus filhos em casa.

A cada dia, em cada discurso, fica mais e mais claro que para os capitalistas nossas vidas pouco importam, desde que seus lucros permaneçam intactos. O governo Bolsonaro, junto aos militares apoia e incentiva que sejamos nós a pagar por essa crise, e “e daí” se morrerem milhares por isso. A força da classe trabalhadora organizada pode por fim a ganância capitalista, impor o fora Bolsonaro, Mourão e Militares e impor uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana que sem nenhuma confiança nos golpistas e no STF, mude as regras do jogo.