Em 2020, as Forças Armadas abriram licitações para a compra de R$ 47,8 milhões de uma das carnes mais nobres, o filé mignon. Outros R$ 18,6 milhões estavam direcionados para a compra de 438,8 toneladas de salmão.

As duas mil toneladas de filé mignon foram divididas entre os militares. O Exército licitou 823,9 toneladas, a Marinha com 247,8 e a Força Aérea 187,3 toneladas. O Ministério da Defesa pediu 2,7 toneladas e a Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel), estatal controlada pelos militares, 200 kg de filé.

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O filé mignon e o salmão são dois alimentos que passam longe da mesa da imensa maioria da população. Enquanto os militares esbanjaram gastos milionários do dinheiro público para a compra de produtos como picanha, cerveja e carvão para seus churrascos, a população trabalhadora e pobre enfrentava o crescimento exorbitante do preço da carne, arroz e dos produtos mais básicos para a sobrevivência.

O ex-ministro da Saúde, General Pazuello, foi o líder militar que junto a Bolsonaro fizeram parte da catástrofe que hoje assola a população, através da pandemia, do desemprego e da fome.

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Os produtos requintados para um momento de desemprego recorde e com populações periféricas realizando menos de uma refeição por dia em média, foram denunciados por terem um sobrepreço de até 60%.

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