Mais uma criança foi assassinada pelo aparato policial do Estado. Dessa vez, foi o jovem Waldik Gabriel Chagas, de apenas 12 anos, que morreu baleado pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo, na Cidade Tiradentes, Zona Leste da cidade.
A guarda disparou contra o carro onde estava Waldik e o alvejou na cabeça. A versão dos assassinos é de que dois motoqueiros haviam declarado ter sido assaltados pelos ocupantes do carro, mas esses motoqueiros misteriosos "desapareceram". O advogado Ariel de Castro, do Condepe (Conselho Estadual de Direitos Humanos) disse que não há nenhum indício de que tenha sido realizado qualquer disparo do interior do carro contra a GCM, nem foi encontrada qualquer arma.

Não faz nem um mês que a PM assassinou Ítalo, de apenas dez anos, também alegando estar se "defendendo" de um "criminoso". Os casos de Ítalo e Waldik são mais uma trágica mostra de qual é o papel da polícia - seja ela militarizada, como a PM que matou Ítalo, ou civil, como a GCM que matou Waldik - em nossa sociedade. Uma sociedade fundada na miséria e na desigualdade, em que o estado mantém um aparato repressivo assassino que mata todos os dias nas periferias, em particular a juventude negra, que é seu alvo principal.

Haddad e Alckmin são os responsáveis políticos por essas mortes cotidianas em São Paulo. Basta de assassinato da juventude negra! Basta de violência policial! É preciso acabar com essa fábrica de assassinos, julgar e punir cada um desses assassinatos por juri popular. A juventude precisa de educação, lazer, saúde, condições dignas de vida, e não de policiamento.