Quem esteve nos atos sabe bem quais são os métodos da polícia de Alckmin para "evitar o fechamento de vias importantes": muita repressão e violência. Dizer que "respeitam o direito à manifestação" chega a ser um deboche, uma afronta aos que foram agredidos e perseguidos pela polícia, tendo uma jovem inclusive ficado cega de um olho por causa de uma bomba da PM.

Através da nota o governo também proíbe manifestações na Avenida Paulista no domingo, quando ocorrerá a passagem da tocha paralímpica na cidade, como parte da cerimônia oficial dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Ainda reforça a exigência de "comunicação de hora, local e trajeto" das manifestações, para que a polícia civil e militar tenha total controle dos atos e possa cercá-los sem maiores dificuldades. Essa medida travestida de mera informação retira o direito de manifestação.

A ofensiva de repressão, assim como as tentativas de cerceamento do direito à manifestação, demonstram que a única forma dos golpistas garantirem seu governo é pela força. Sabendo da impopulariade de Temer e dos ataques que seu governo precisa impor contra a juventude e os trabalhadores, a polícia cumpre seu papel de amedrontar e reprimir aqueles que se levantam contra o golpe. No ato que ocorre hoje a PM já intimida os manifestantes antes mesmo de começar o protesto. Mas não nos calarão! Façamos um novo junho contra o governo golpista de Temer!