Nem todo o jogo de cena de Ciro Gomes, que chegou a anunciar a suspensão de sua candidatura após o vergonhoso apoio da maioria de seu partido a PEC dos Precatórios, foi o suficiente para convencer integralmente a bancada do PDT a não apoiar a manobra do governo Bolsonaro.

Mesmo o partido tendo orientado pelo "Não", cinco deputados do partido mantiveram seus votos em apoio a PEC, assim como o PSB que também contribui com 9 votos para a aprovação em segundo turno do calote no pagamento das dívidas judiciais do governo, incluindo aí o calote a servidores públicos.

Com isso, o governo Bolsonaro consegue destravar o Auxílio Brasil, que será usado nas pretensões eleitorais do presidente, fazendo demagogia com a situação de miséria e fome da classe trabalhadora. Além disso, os deputados conseguem destravar milhões em emendas parlamentares a serem usadas em seus redutos eleitorais através do orçamento secreto.

Como de praxe, esses partidos ditos da oposição, mostram mais uma vez como são funcionais à aprovação dos ataques contra os trabalhadores. Apenas nos últimos meses, deputados do PDT votaram juntos do governo para triplicar o fundo eleitoral, na campanha por voto impresso e na votação que congelou salário de professores até 2036.

Seus prefeitos e governadores também não ficam para trás e dão exemplos de como estão umbilicalmente conectados ao bolsonarismo, como o prefeito de Fortaleza que aprovou projeto reacionário para campanhas de promoção contra métodos anticoncepcionais.

Todo este histórico mostra que o “progressismo” que tenta se colocar neste partido nada mais é do que uma farsa, onde a realidade mostra que o PDT é mais um dos muitos partidos burgueses da ordem, que fazem de tudo para prejudicar e piorar a vida da classe trabalhadora.