O Conjunto Residencial da USP (Crusp), que abriga cerca de 1,5 mil estudantes de graduação e pós graduação de baixa renda, encontra-se em situação precária: sem fogão, internet, lavanderia e com problemas no abastecimento de água potável e no circuito elétrico. Segundo a estudante Ana Dias a situação de calamidade da moradia se estende há bastante tempo, chegando ao absurdo de não ter abastecimento de água por sete dias: “O Crusp abriga estudantes de baixa renda, a maioria vinda de outros estados. Mas vivemos em condições de insalubridade há bastante tempo e, diante da pandemia do coronavírus, tememos pela saúde das pessoas que moram aqui. Ficamos sem água durante sete dias na semana passada. A negligência com a moradia estudantil tem ficado cada vez pior.”

Além de problemas com a estrutura básica da moradia, os estudantes lidam com a falta de segurança, pois, com a suspensão das aulas o campus está vazio e com alto índice de roubos.

Mediante a situação, os estudantes elaboraram uma carta para a reitoria com algumas reivindicações mínimas, entre elas reformas no prédio, distribuição de álcool em gel na área interna, dispensa dos trabalhadores terceirizados para cumprirem a quarentena e aumento da segurança. No entanto, as respostas da universidade a essas demandas mínimas, foram bem abaixo da necessidade dos moradores.

Nós da juventude Faísca defendemos o direito à permanência estudantil, com moradia digna e de acordo com a demanda, nas quais os próprios estudantes possam decidir como vão ser construídas e geridas, para atender às suas necessidades sem a ingerência das reitorias.