O governo Bolsonaro não poderia se despedir do ano sem deixar de anunciar mais um ataque à educação. O governo federal extinguirá 27,5 mil cargos e vedou concursos para 68 profissões em universidades e instituições federais de ensino.

A justificativa do governo é de que tratam-se de cargos para ocupar funções obsoletas que não devem ser mais respostas. Entretanto, vemos que a principal área atacada é a saúde, profissões como enfermeiros, auxiliares de enfermagem, técnicos em saneamento serão extintas. Totalizando 22 476 cargos que serão eliminados. Serão extintos 10.661 cargos de agente de saúde pública. Além disso, foram extintos 5.212 cargos de guardas de endemia.

O decreto com a extinção dos cargos, publicada em edição extra do Diário Oficial da União, veda ainda a abertura de concursos públicos e o provimento de vagas além do previsto em editais de seleções já em andamento em instituições federais de ensino para postos que incluem instrumentador cirúrgico, auxiliar de enfermagem, operador de câmera de cinema e TV, revisor de textos braile, técnico em música, em anatomia e em audiovisual, coreógrafo, diretor de artes cênicas, jornalista, publicitário, músico terapeuta e sanitarista, entre outros.

A intenção do governo com a medida é clara promover mais um ataque ao funcionalismo, visto pelo governo como um setor "privilegiado", e incentivar a introdução da iniciativa privada com a terceirização dessas profissões. Sem conseguir votar a reforma administrativa ainda esse ano, o governo conseguiu uma alternativa para precarizar milhares de postos de trabalho dos servidores públicos.

Com informações Agência Estado