A mobilização foi organizada a partir do diálogo de Professores e do Grêmio Estudantil com os Alunos e a Comunidade Escolar. O debate e o ato tiveram como intuito informar e compor com a comunidade formas de resistir ao processo de precarização, além de Professores, Pais e Alunos participaram também representantes da APEOESP e uma representante da Diretoria de Ensino.

Durante o debate foram ponderados vários pontos e principalmente como os apontados pelos professores Demércio Almeida e Luiz Hermano relacionados ao fato da Escola mais próxima ficar a 50 min de distância e no horário de saída o retorno apresentar riscos, bem como o fato desta decisão de fechamento de salas não ter dialogado com a comunidade escolar e ser "imposta de cima para baixo sem nenhuma consulta" como enfatizou o prof Luiz.

O aluno João Vitor, do Grêmio Estudantil deixou clara a situação de mtos alunos: "Pago as contas de casa e preciso trabalhar, se fechar salas vou ser prejudicado por estar trabalhando, pois ficará mais díficil estudar".

Veja vídeo com fala de estudante na assembleia:

A representante da Diretoria de Ensino ponderou que tal medida foi tomada a partir de levantamentos e reflete a inviabilidade de continuar manter as 9 salas. Tal colocação indignou principalmente os pais que se colocaram contra a medida e apontaram que a inviabilidade tem origem na falta de funcionários e no mal cumprimento do papel do Estado.

No segundo momento, após rodadas de debates e esclarecimentos, foi organizada uma grande assembleia no pátio da Escola, com mtas falas e determinação de Luta da parte de Estudantes, Professores e Familias. Um pouco antes do fim a representante da D.E. em comunicado com a direção da escola apontaram um recuo na medida, através da proposta de adiantar as matriculas do periodo noturno, abrir a demanda e a partir do que for indicado pela msm determinar o numero de salas, sem nenhuma imposição inicial.

Apesar da vitória inicial, com o recuo parcial na medida de fechamento prévio de salas, a Assembleia da Comunidade Escolar decidiu mantér os encaminhamentos votados: um ato de rua dia 12, visita em outras escolas que estejam em situação semelhante e uma comissão de Pais, Alunos e Professores para acompanhar o processo.

A Luta da Mitiharu Tanaka mostra como através da mobilização politica e social é possível barrar o fechamento de salas e superlotação de turnos, medidas que caracterizam mais um ataque do Governo Alckmin contra a educação pública, visando a precarização do sistema de ensino público e do futuro daqueles que dele dependem.