Os incêndios localizados no Pantanal mato-grossense já atingiram cerca de 500 mil hectares do bioma, segundo estimativa do Corpo de Bombeiros. Segundo a Prevfogo, do Ibama, que trabalham no combate aos incêndios na região, atribui 99% dessas queimadas á ações humanas. O vento, combinado com o tempo seco devido o período de seca que a região atualmente se encontra, contribui para o alastramento dos incêndios.

A degradação ambiental vem aumentando desde a posse do até então presidente Jair Bolsonaro. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o desmatamento em 2019 aumentou 85% frente aos índices de 2018. Em um ano, o governo praticamente dobrou a devastação na região da Amazônia. A politica contra o meio ambiente e o desmonte de políticas públicas são os principais fatores que levam a atual situação do meio ambiente no país e principalmente Amazônia e o Pantanal.

A principal causa da expansão do desmatamento no Pantanal, segundo especialistas, é o crescimento do agronegócio na região. O instituto SOS Pantanal aponta que cerca de 15% da área do pantanal foi convertida em pastagem, é um dos processos para preparo de pastagem são as queimadas. A busca de lucro nessa região por esses grandes latifundiários, em conjunto com descaso do governo só contribui cada vez mais para o atual cenário brasileiro. A degradação ambiental vem a acompanhando sistema capitalista ao longo dos anos, cada vez mais mostrando que nosso atual sistema de produção na sociedade é incompatível com nossa futura sobrevivência e só irá causar crises e mais crises.

É por essa razão que não será interesse da extrema direita, dos militares, dos grandes empresários e nem de outros setores da direita do atual regime político degradado (como o STF, Maia ou os governadores) priorizar a preservação ambiental e as vidas humanas antes de garantir seus próprios lucros. Para nos contrapor a esse projeto de sociedade, é preciso que a pauta ambiental seja defendida pelo conjunto dos trabalhadores em suas lutas, em aliança com os povos indígenas e os setores oprimidos, para que sejam estes a impôr um programa de resposta à crise, se organizando em uma Assembleia Livre e Soberana que possa definir os rumos do país.