Atualizado 23h40

Está quinta-feira ocorreu uma intensa repressão aos estudantes da UERJ. Os estudantes reunidos em assembleia debatendo a situação limite que vive a universidade, resolveram manter a paralisação da atividades, mas postergar a decisão da greve pois começaram a ouvir bombas numa comunidade ao lado do prédio da universidade, a favela do metro mangueira.

Os estudantes decidiram sair em ato para averiguar o que ocorria nesta comunidade e defender os moradores, mas no caminho ao local foram duramente reprimidos pela polícia, com bombas e balas de borracha (alguns relatavam que ouviram tiros de arma de fogo para cima).

Após a forte repressão policial, um fato ainda mais estarrecedor ocorreu: os seguranças do prédio da UERJ utilizaram bombas e jatos d’água para impedir a volta dos estudantes para dentro do prédio.

Desse modo, os seguranças da universidade, orientados pela reitoria, efetivaram nova dura repressão contra os estudantes da UERJ e chegaram a prender e espancar um dos estudantes.

Relatando o caso, a estudante de serviço social Carolina Cacau, do grupo Juventude às Ruas, momentos depois da repressão dizia em redes sociais que:

"Nesse exato momento a Reitoria prende centenas de estudantes dentro da Universidade e do lado de fora a segurança atua como Polícia com jatos d’água, bombas, prendendo e espancando os estudantes, nunca vi tamanha barbárie. Os estudantes cancelaram uma assembleia importantíssima para apoiar os moradores que estavam sendo despejados e fomos reprimidos pela Polícia, corremos pra Universidade e fomos expulsos a jatos d’água.
Se tinha alguma dúvida da necessidade da greve está completamente instalada. É escandaloso a Reitoria colocar seus seguranças como Polícia para reprimir os estudantes. Chamo a todos os estudantes a tomar a Universidade, temos q fazer uma assembleia amanhã, talvez até agora com as centenas.de estudantes que estão do lado de fora. Vieralves tem que cair imediatamente.
Queremos que o estudante Rafael que foi preso pelos seguranças seja solto imediatamente.
A realidade está dada, temos que transformar profundamente essa Universidade, o que aconteceu hoje tem que servir pra colocar abaixo essa Universidade que ataca terceirizados cotistas reprime espanca estudantes que lutam em defesa da educação"

Os estudantes devem reunir-se novamente em assembleia para decidir os próximos passos da mobilização e os rumos do movimento frente a essa estarrecedora repressão.