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Na manhã da última quinta-feira (02), mais uma barragem se rompeu, agora no estado do Maranhão. Trata-se da maior barragem de ouro do Brasil, equiparada com a própria barragem de Mariana em proporções de exploração de minérios. As informações foram veiculadas pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), publicando que uma das barragens de Aurizona, que fica em Godofredo Viana, a 338 quilômetros de São Luís, havia se rompido.

Em nota, a empresa canadense Equinox Gold alegou simplesmente que nada havia acontecido. “Não houve qualquer impacto sobre a sua estrutura operacional como barragens e outras instalações, que estão intactas e operando normalmente. Ou seja, não houve qualquer alteração na segurança e estabilidade das estruturas operacionais, principalmente na barragem de rejeitos.”

No entanto, imagens de moradores mostram as ruas do município tomadas pelo lodo, que teria, inclusive, bloqueado a principal via de acesso da cidade, fazendo com que as pessoas ficassem sitiadas, sem conseguir entrar ou sair da cidade.

Como em Mariana e Brumadinho, mais uma vez os impactos ambientais podem ser catastróficos em relação ao sistema hídrico, que é altamente contaminado pelos minérios dos rejeitos, deixando a população em uma situação de calamidade.

Em nota, a MAB pronunciou: "Afirmamos que o evento desta quinta-feira é mais um crime socioambiental das mineradoras, que são as mais beneficiadas com o atual modelo energético existente no país, e que se colocam contra a população brasileira. As barragens de mineração, hidrelétricas e de água no Brasil não podem continuar representando insegurança, medo e violência para a população que vive próxima desses empreendimentos."

A exploração a todo custo do empresariado capitalista segue fazendo cada vez mais vítimas no setor de mineração, arrasando cidades inteiras, como Brumadinho e Mariana, em Minas Gerais, pela Vale/Samarco que seguem com seus lucros e não fizeram em praticamente nada para reparar todo o dano que fizeram à vida das pessoas, nem foram responsabilizados, até hoje, mais de 5 anos da tragédia em Mariana. Com a confiança na impunidade e na garantia dos lucros que, agora sob regime do golpe, mais do que nunca, são prometidos, os empresários seguem destruindo e matando os brasileiros para lucrarem.