A audiência pública que visava a aprovação da BNCC em SP, não ocorreu devido a forte manifestação de professores e estudantes. O processo vem se dando de forma nada democrática, já que a discussão não se deu na base da categoria e que nunca uma audiência, que limita a participação de somente 400 espectadores, expressaria a posição de todos os professores e estudantes do sudeste.

Fala da Professora Graziela do movimento Nossa Classe Educação sobre a audiência:

Os manifestantes carregavam faixas de protesto e entoavam em coro frases como “Não à privatização”, “Não à reforma do Ensino Médio” e “Não à BNCC”. Ainda houve uma tentativa de dar início à programação, que logo foi interrompida. Pouco depois, um novo grupo de manifestantes, dessa vez estudantes secundaristas, uniu-se ao principal, em coro: “O professor é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo”.

Após o cancelamento da audiência sobre a BNCC em São Paulo, Ana Carolina Fulfaro, professora da rede estadual de Campinas, falou sobre a necessidade da construção de discussões e mobilização real para barrar mais este ataque:

Contudo, a APEOESP, que deveria organizar a luta de resistência, não moveu uma palha pra isso acontecer, tendo convocado de última hora os professores sem qualquer discussão em assembleias, além do SINPEEM que sequer se posicionou politicamente em relação as mudanças que a BNCC implica, quiçá apareceu hoje na audiência.

Ver mais em: http://www.esquerdadiario.com.br/A-BNCC-e-o-silencio-traidor-do-SINPEEM

A BNCC e a reforma do ensino médio (uma verdadeira contra-reforma) se aprovada, só poderá resultar em uma escola desmontada (ainda mais), possivelmente com contratações terceirizadas, já que o objetivo central é entregar a educação pública aos grandes monopólios do ensino, privatizando a rede com o argumento de uma "formação profissional".

É fundamental organizar a resistência dos professores e estudantes em cada local de trabalho contra essas medidas que visam sucatear, privatizar e terceirizar a educação publica no Brasil, transformando a escola numa grande formadora de mão de obra barata, acrítica e dócil para melhor servir aos interesses do capital.