A eleição no último domingo pode até ter deixado muitas pessoas assustadas por pensar na enorme quantidade de apoiadores que fazem coro com as idéias de extrema direita e anti-trabalhadores encarnadas em Bolsonaro, porém, em muitos lugares vêm se expressando, ao mesmo tempo, uma grande vontade de resistir e lutar contra o o futuro governo desde já.

Mas o bolsonarismo não está "nadando de braçadas" como ficou claro nesta segunda-feira (29) quando ocorreu um fracassado ato pró-Bolsonaro no ICC (instituto central de ciências) da Universidade de Brasília, que contou com apenas 13 apoiadores que foram sumariamente rechaçados pelos estudantes do Campus e obrigados a se retirar.

A reitoria da universidade se manifestou dizendo que acompanhou o chamado do ato na universidade pelas redes sociais, suspendeu as aulas para garantir a manifestação mas, diante da repulsa da grande maioria dos presentes aos bolsonaristas, se apressou em chamar a PM que só pôde acompanhar a retirada dos pró-bolsonaro de dentro das dependências do instituto.

A força para combater Bolsonaro demonstrada na universidade de Brasília se soma ao ocorrido em outras universidades pelo Brasil, como no caso da USP, onde um grupo de pouco mais de uma dezena de apoiadores de Bolsonaro quis fazer um ato para "nadar nas lágrimas da esquerda" mas o que se viu foi apenas um ato mais esvaziado que a presença de Bolsonaro aos debates do segundo turno, enquanto na FFLCH centenas de estudantes tomaram o vão do prédio para demonstrar disposição de luta.

Essa disposição de resistência deve tomar em cada local de trabalho e estudos, e que sejam organizados comitês de base para discutir com os estudantes e os trabalhadores sobre os ataques que esse novo governo de Bolsonaro irá aplicar.